segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Rui,

há muito que oiço as tuas musicas, que aliás admiro. mas há coisas que não percebo. sei que não és tu que escreves as letras, mas são por ti trazidas, pela tua voz. para que percebas, vou focar-me numa só musica: "todo o tempo do mundo"

Podes vir a qualquer hora/ Cá estarei para te ouvir/O que tenho para fazer/Posso fazer a seguir...achas bem, que se largue tudo e se espere para ouvir o que o outro tem para dizer? e se ficar calado e só disser "pois é.!" esta é a parte de relaçoes mais intimas? é, só pode.

mas e esta? - E tu vinhas e falavas/ falavas e eu não ouvia/ E depois já nem falavas/ E eu já mal te conhecia. - é que eu que falo imenso, ás vezes demais. sempre tive a conotação de boa ouvinte, da não egoista, daquela que ta disposta a correr mundo por quem ama, e depois...e eu? (la estão oura vez as relações)... oiço o silêncio!

tramada esta letra...Houve um tempo em que julguei/ Que o valor do que fazia/ Era tal que se eu parasse/o mundo à volta ruía - nunca esperei que o meu mundo ruisse como este ano. o valor que eu tenho, e agora desculpa lá tah, este meu lado presunçoso que começou há relativamente 10 minutos, é superior, por isso não vou parar com algumas das minhas caracteristicas altruistas, que começaram há sensivelmente quê? 20 anos? sim há muito, mas não, nada vai ruir! contraditório este paragrafo!

...Agora em tudo o que faço/ O tempo é tão relativo/ Podes vir por um abraço/Podes vir sem ter motivo/Tens em mim o teu espaço. Tens em mim o teu espaço? egoismo da minha parte!!! foi há uma semana que aderi a esta caracteristica... era o que mais faltava!

sim, quem quiser pode vir por um abraço, o maior dos gestos para confortar o outro; sem ter motivo? só o permito aos meus grandes amigos. se quiserem um motivo eu dou-lhes: tenho todo o tempo do mundo para ti! - e mais Podes-me interromper/e contar a tua história.

aos outros, que por si só já são amigos(?), ou foram, eu ando por cá, mas têm de ter um motivo. que te parece?

Obrigada Rui , é bonita esta musica, eu é que se calhar sou aquela que penso demais, Houve um tempo em que julguei, mas agora tenho a certeza de que o que penso é mesmo o que quero ter para o meu mundo, para mim, só! mas quem quiser estar comigo, está.

os silencios, as incertezas, deitei-as agorinha mesmo no caixote do lixo. olha....e ficou cheio, vou troca-lo por um limpo.

enquanto isso, la vai a musica na integra, para quem leia o texto consiga saber do que falo, é que ás vezes, ó Rui, ninguem percebe nada do que eu digo!

:) beijo para ti



2 comentários:

  1. Há sempre uma letra cantada por este senhor que se nos encaixa que nem ginjas. Como os estados "Pequena dor" ou "Não queiras saber de mim" que rondam por aqui. E que trocava sem pensar por um "Baile da Paróquia". Já nem pedia a "Paixão" ou um ("Fado do) Ladrão Enamorado", que há limites, até para o Rui.
    Beijos.

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  2. A mim toca-me o Chico Fininho...
    Mas gostei do texto. Até parece que consegues escrever as coisas que dizes...

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