quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

acorda mulher

Acorda Mulher, de Manuel Cruz

açucar
tu para mim não és mais de açucar
e eu queria tanto estar contigo
podia até ser por baixo de ti
a minha vida vai ficando mais curta
e o meu desejo está sempre a mudar
é isso que eu sou
se durmo só com uma ás vezes sonho com mais de mil

ajudar
eu posso te ajudar
eis o meu plano
tu fazes de conta
e eu torço para que me enganes bem

eu já notei
nenhum de nós é aquilo que diz
e o que temos em comum é que eu
pretendo tanto quanto tu ser ainda
mais feliz

mãos no chão
boca aqui
pés na mão
e eu em ti
e tu em ti
filma assim
filma tu
eu nu



sábado, 13 de novembro de 2010

às vezes eu falo com a vida...........

às vezes ela é quem diz.................

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

canção de madrugar

madruguei.

ENTÃO:
NEM CHOROS, NEM MEDOS, NEM UIVOS, NEM GRITOS,
NEM PEDRAS, NEM FACAS,
NEM FOMES, NEM SECAS, NEM FARSAS,
NEM FORCAS, NEM FARPAS, NEM FERAS,
NEM FERROS, NEM CARDOS, NEM DARDOS,
NEM TREVAS, NEM GRITOS, NEM PEDRAS, NEM FACAS,
NEM FOMES, NEM SECAS, NEM FARSAS,
NEM FORCAS, NEM FARPAS, NEM FERAS,
NEM FERROS, NEM CARDOS, NEM DARDOS,
NEM MAL
(J.Carlos Ary dos Santos)



terça-feira, 7 de setembro de 2010

Problema de Expressão

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

(in)sensatez

gosto de ouvir o meu pai tocar esta musica:


terça-feira, 10 de agosto de 2010

e agora...???

Não Me Sinto Mudar

Não me sinto mudar.
Ontem eu era o mesmo.
O tempo passa lento sobre os meus entusiasmos
cada dia mais raros são os meus cepticismos,
nunca fui vítima sequer de um pequeno orgasmo mental
que derrubasse a canção dos meus dias
que rompesse as minhas dúvidas
que apagasse o meu nome.

Não mudei.

É um pouco mais de melancolia,
um pouco de tédio que me deram os homens.
Não mudei. Não mudo. O meu pai está muito velho.
As roseiras florescem, as mulheres partem
cada dia há mais meninas para cada conselho
para cada cansaço para cada bondade.
Por isso continuo o mesmo.
Nas sepulturas antigas os vermes raivosos desfazem a dor,
todos os homens pedem de mais
para amanhã eu não peço nada nem um pouco de mundo.
Mas num dia amargo, num dia distante sentirei a raiva
de não estender as mãos
de não erguer as asas da renovação.
Será talvez um pouco mais de melancolia
mas na certeza da crise tardia
farei uma primavera para o meu coração.

Pablo Neruda, in 'Cadernos de Temuco'

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Melody Gardot

terminou, no segundo encore com Somewhere over the rainbow em tom de Bossa Nova acompanhada somente pelo violoncelista, que transformou o violoncelo em guitarra. mantém serenidade em palco, interage com o publico de uma forma muito própria.
toca piano, guitarra e canta divinamente quer em inglês quer em francês (Les Etoiles).
Melody Gardot, trouxe à Casa da Musica, um espectáculo único acompanhada de músicos fora de série: o Saxofonista; o Contrabaixo que mostrou a transformação de um contrabaixo em instrumentos africanos e, se não souber distinguir um som africano de um árabe perdoem-me; baterista e percussionista. todos em conjunto formam um jazz actual e com variações de ritmos. apresentou o seu segundo álbum. deviam ter visto...






sexta-feira, 7 de maio de 2010

desmistificação

circulam através de emails e de redes sociais, alertas sobre drogas usadas, neste ultimo caso na "Queima das Fitas", que podem ter um efeito sobre as mulheres nomeadamente a sua esterelização para os violadores não poderem engravidar a "presa".
o dito progesterex não existe, existe sim a Progesterona que é uma hormona produzida pelas células do corpo lúteo do ovário. o corpo lúteo é uma estrutura que se desenvolve no ovário, no lugar que ocupa um óvulo maduro que tenha sido liberado durante a ovulação. Consequentemente, o nível de progesterona eleva-se durante a segunda metade do ciclo menstrual. a progesterona é um esteróide que possui a mesma composição química das hormonas estrogênias femininos e das hormonas androgenas masculinas. existem substâncias que imitam a acção da progesterona com o fim de serem utilizados junto com estrógenos sintéticos, como no caso dos anticoncepcionais orais e também nos casos de reposição hormonal.

mas não se fala somente no tal progesterex mas também no Rohypnol, uma benzodiazepina utilizada há alguns anos como droga, que ingerida com álcool provoca reacções adversas, tais como agressividade que pode levar á violencia, ansiedade extrema, entre outros efeitos;
a amnésia provocada por este medicamento não está associada ao álcool mas sim ao próprio medicamento que pode acontecer nas primeiras horas de ingestão.


desmistificado? de qualquer maneira, todo o cuidado é pouco! são outras drogas existentes no mercado, álcool, haxixe, cocaína, heroína, as metanfetaminas...se já há efeitos nefastos em relação ás drogas mais conhecidas, as metanfetaminas (drogas sintéticas) estão ainda relacionadas com o incremento de transmissão de HIV e Hepatites C e B, através da partilha de material de injecção como seringas, agulhas e material associado. Estudos efectuados indicam que a metanfetamina e estimulantes psicomotores relacionados podem aumentar a libido dos consumidores e parece estar associada a sexo violento que pode levar a sangramentos e cortes. A combinação de injecção e prática de riscos sexuais constituem um cenário ideal para o aumento da possibilidade de contágio do HIV ou HVC/B. Estes riscos podem ser clara e significativamente diminuídos através de programas comunitários orientados à alteração de comportamentos de risco associados com o consumo de drogas (partilha de seringas e práticas sexuais protegidas), assim como do tratamento da dependência deste tipo de drogas.

este ultimo parágrafo não é um mito urbano, por isso aqui sim é preciso ter muito cuidado!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

o pecado morreu ao lado...

Já passou a Páscoa, obrigada Paulinha pela musica:

domingo, 21 de março de 2010

eu confio...Kerouac

"Eu só confio nas pessoas loucas, aquelas que são loucas para viver, loucas para falar, loucas para serem salvas, desejosas de tudo ao mesmo tempo, que nunca bocejam ou dizem uma coisa corriqueira, mas queimam, queimam, queimam, como fabulosas velas amarelas romanas explodindo como aranhas através das estrelas." J. Kerouac

vi uma reportagem sobre ele, e estou curiosa por ler o "On The Road"; livro que escreveu á mão em papel corrido;
chamaram-lhe louco, doente mental, o que é certo é que me podem chamar também a mim, eu detesto gente que boceja ao meu lado, quero muita coisa ao mesmo tempo, e só agora estou a recuperar aquele tempo perdido desde 2003...sim não estive louca para viver efuziva, mas estava louquissima para falar e finalmente (julgo eu) estou quase a salvo.
queimava, queimava, queimava, não com as tais fabulosas velas romanas explodindo como aranhas...não fiz nenhuma teia, mas olhava para as estrelas e pensava: vocês estão tão longe.mas todos os dias vocês existem..
não confiava, confio, confiarei...em mim!




segunda-feira, 15 de março de 2010

quarta-feira, 3 de março de 2010

imagens dos "dias do passado"

há uns dias recebi um texto do P.

perguntou-me se mo podia enviar, pois nunca o tinha mostrado a ninguem.

-sim, respondi, mas como já era tarde não o li com atenção mas reli-o.

disse-lhe: angustiante o texto. claro como a água. a vida não depende só de nós.

-a vida a dois...devia ser tão simples (seguido de um smile)

sim, P. sorri.

hoje pensei e propus-lhe postar o texto no blog.

-por acaso já tinha pensado nisso...quando fui espreitar o seu blog achei que não ficava descabido, disse-me.

Decidimos!


Tenho o direito de permanecer calado

e tudo o que diga poderá ser usado contra mim.

(Eis a regra suprema da honestidade.)

Sim, eu sei que sob um certo ponto de vista esta vida é temporária,

uma passagem para uma dimensão maior e definitiva.

E esforço-me por compreender que nenhuma destas pequenas coisas é realmente,

que os meus sentimentos são imperfeitos,

que o tempo dará a tudo uma dimensão mais vasta,

que somos demasiado pequenos em face de Deus e da Natureza e da Vida…

Tento ouvir com bonomia as (tuas) justificações quotidianas, procuro entender os cansaços e as queixas, suportar as pequenas promessas por cumprir, ignorar a solidão que regressa uma vez após outra.

E muitas vezes penso que gostaria de vir a acreditar também nesse (teu) sonho,

Nessa ideia transversal e um pouco esquizofrénica

de que o casamento não é a vida concreta a dois mas sim algo interno a esse viver;

essa ideia de que o amor está lá mesmo quando não se vê,

e de que por dentro é que as coisas são;

um casamento que Deus uniu, e que por essa benção maior se tornou em algo que não se corrompe, algo que não é afectado pelo quotidiano, algo que existe mesmo quando não existe.

Acreditar enfim na ideia de que o sofrimento terreno é inevitável, ou até mesmo necessário, mas de que nos amaremos para sempre no Paraíso.

No Paraíso…

(Não sei onde fica, mas imagino que deva estar fechado depois da meia-noite)


Uma vez fizeste-me promessas durante o dia,

e eu sonhei com essas promessas.

Outra vez fizeste-me promessas durante o dia,

e eu sofri com essas promessas.

Ainda outra vez me fizeste promessas durante o dia,

e eu não dormi a pensar nessas promessas.

Três vezes. (Não é muito.)

Uma vez disse-te que já não acreditava nas tuas promessas,e tu choraste por causa das minhas palavras.

Outra vez te disse que já não acreditava nas tuas promessas, e tu choraste outra vez por causa das minhas palavras.

Prometi então a mim próprio, e cumpri-lo-ei ainda que não cumpra mais nada na vida, que não voltarei a dizer-te que já não acredito nas tuas promessas.

(Choras demasiado.)

Não.

Hoje não pode ser.

Não há tempo.

Não há disponibilidade.

Não há sossego.

Não há ambiente.

Não há aquecimento central.

Não é adequado.

Não estava previsto.

Não convém.

Não contava.

Não…

A não ser que queiras muito, claro…

Que queira muito…


Tenho dormido mal.


Quando nos deitamos, tenho vontade de te amar (tenho sempre vontade de te amar), mas raramente o digo de forma explícita.

Calo-me à espera que cumpras o que prometeste durante o dia,

calo-me ao sentir o teu sono e o teu cansaço,

calo-me ao ouvir-te dizer querido até amanhã,

calo-me por não te querer forçar,

calo-me porque queria que fosses tu a vir até mim,

calo-me porque o meu amor-próprio não me deixa implorar-te.


Depois tento dormir.

Às vezes consigo, às vezes não.

Às vezes tenho vontade de te abanar e de te gritar que eu não mereço o teu sono e o teu cansaço.

(Mas isso seria tão egoísta, não é verdade?)

Por vezes tenho vontade de te despir sem aviso e de te amar mesmo sem tu quereres, mas não seria capaz de o fazer, nem é o que verdadeiramente quero.

Porque o que eu quero não é ter prazer, é dar-te prazer.

E após dias, semanas e anos de sucessivas desilusões,

Continuo sempre com a esperança de que seja esta a noite.


E, no fim de contas, o que nos resta?

Um nome que nos veste,

Uma máscara que se nos adaptou,

Três amigos que se mantêm verdadeiros, disponíveis e fiéis

E a vontade crescente de abandonar tudo e recomeçar.

Mas abandonar tudo sem amargura,

Sem pena, sem zanga, sem barulho

Partir docemente ao volante da nossa vontade

E seguir pela estrada simples do futuro

Com a esperança de que nos esqueçam rapidamente e sem dor.

Foi demasiado tempo a viver na duplicidade de um discurso para fora e de um pensamento para dentro (tão pouco coincidentes…),

Foi demasiado esforço na procura da comunhão impossível,

Foram muitas fases boas e muitas fases menos boas (eufemismos para dizer que a felicidade estava noutro sítio),

Foram dias e dias e dias seguidos de chuva fina,

Irritantemente fina, delicada e cerimoniosa,

Desesperadamente elegante e maçadora,

Insistentemente razoável e necessária, a chuva…

Estou cansado da memória desses dias

(dias bons, muitos deles…),

Dias do passado.

(© este texto tem reservados direitos de cópia)

terça-feira, 2 de março de 2010

reflexo da dôr

O que fez a vida de ti ? o que tu fizeste por ela? Porque te te tornas no ser mais odiável e que se ama ao mesmo tempo? o que fazes para seguir os "caminhos da má vida" e não entras nao "rotina de um beijo"? Porque não tornaste a tua vida a rotina que querias ter traçado? Porque nunca tiveste ideias? Porque trocas de vontades em dias? PORQUÊ? Porque não definiste a trajectória? Porque ás vezes é tão mau? e outras aprazivel? porque é que podias ter tudo? Porque é que não tens nada!?

(imagem by web)

domingo, 28 de fevereiro de 2010

ja faz algum tempo


há muito que não venho aqui. não sei o que pôr.
texto, sim muito texto é o que me apetece. fazer catarses! chamar nomes feios. ser violenta. ser do pior que há por aqui e arredores.
repor justiça, entrelaça-la com o bom carácter, acabar com o egocentrismo e criar esperança .
esperança? onde? mas existe? ou hoje em dia é o dia, amanhã o eclipse?
Mas nada é certo e concreto?
Estranha esta forma de vida; não se poder saber o hoje! não se poder construir os 30 minutos seguintes.
vou adiantar o relógio, dou-me muito mal com estas novas horas!

(fotografia by web)


sábado, 2 de janeiro de 2010

resposta á tua carta

meu caro amigo M. :
em primeiro lugar, gostava que soubesses o que esta tua "carta" me fez chorar; não por estares longe, mas pela sensatez;"não ha dor, nem viver mais cruel que sentir o amargo...", sim tu sabes o quanto amargo foi o passado ano para mim, sabes porque estiveste sempre comigo, excepto naquele dia horrivel em que o meu sobrinho ficou internado...não quero tornar a lembrar-me desse dia, e se alguma vez, eu, cobrei alguma coisa de alguem, esse alguem foste tu! não consegui admitir que tu não estivesses ao meu lado, mas depois veio aquele abraço de desculpas; SIM! tu sabes pedi-las e sobretudo sabes muito bem o lugar que ocupas; é o que admiro em ti, para alem de outras coisas, da sinceridade e da tua lealdade, de ires a correr a minha casa sempre que precisei.
apesar de ter muitos amigos, tu és, e não tenho duvida o meu "guarda redes". não, não quero deixar as deslealdades, a dor, a intolerancia, as frustraçoes, entrarem novamente na minha vida, nem na tua!
ano dificil o que passou.
vai um penalty, certeiro, directo, para arrasar com tudo de mau que se passou.
obrigada CAMPEÃO!

as aventuras da Carrapita

caros leitores, as "Aventuras da Carrapita" passaram a ter blog próprio

http://asaventurasdacarrapita.blogspot.com

agora, a responsabilidade é da autor/a

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

a carta do meu melhor amigo

..."Como estás tu? Foi giro ontem? Desculpa não dá para falar por tlmv, é caríssimo!!! Se tiveres o skype ou um número fixo, eu ligo-te...
(não sei porquê, mas tenho a sensação de que estás a precisar de colinho... quem não está?!).
Espero que te tenhas divertido ontem...
Como no desporto, ninguém se contenta com vitórias morais, por isso, desejo sinceramente que este ano seja um ano de vitória para ti (para nós), de conquistas, de sonho alcançados, que vejas ser premiado o teu bom "futebol", a tua forma de jogar limpa sem truques nem cartas na manga senão corremos o risco de ficar descrentes e desapontados com este jogo, que é o jogo mais importante de todos, é o jogo da VIDA! Onde vemos filhos da puta a vencer, mentirosos e sem carácter a marcar pontos, enganadores, traidores, falsos e manipuladores aqui e ali a fazerem um pontinho ou uma vitória (de que ninguém estava à espera)... Vamos virar o resultado! Continuamos a usar a mesma táctica (não podemos mudar senão passamos para a equipa deles) vamos melhorar na finalização, vamos ser mais fortes a defender, ser mais rápidos com bola mas aínda mais quando estivermos atrás dela, não vamos deixar o nosso adversário pensar muito (nós sabemos o que queremos, eles também têm de o saber...) Vamos Vencer! Porque se isto é um jogo, nada está definido... o resultado é aleatório mas vamos minimizar as hipóteses do adversário nos surpreender, o jogo está no intervalo, vamos fazer tudo para chegar ao fim... e no fim sermos nós os vencedores, sermos nós a ficar na história como os recordados para sempre por termos jogado da forma mais correcta e termos vencido, sermos nós a rir (mas não só no fim) durante o jogo mesmo, quando sentimos que a nossa equipa está a dominar, que está a praticar um futebol bonito e o golo (ai o golo...) vai aparecer a qualquer momento porque é o justo, o natural, o merecido...
Não vamos deixar de acreditar em nós próprios, no nosso valor, na nossa capacidade, vamos até ao fim conseguir com que a verdade vença! Temos de evitar as lesões para não ficarmos estendidos no relvado a vê-los jogar ou os castigos e irmos para a bancada, onde não podemos fazer mais do que olhar... e apoiar. Vamos ser activos, vamos enérgicos, vamos ser melhores!
Vamos ser felizes...
Vamos VENCER!
Bom ano... campeã.
Beijo."